Técnico Fio projeta desafios do Jaraguá para temporada

01/03/2017 - Situação: Publicado
Técnico Fio projeta desafios do Jaraguá para temporada

A diretoria não esconde que 2017 é um ano de reconstrução para o Jaraguá Futsal, após todos os problemas financeiros enfrentados pelo clube na temporada passada. Se fora de quadra o atual momento apresenta maior estabilidade em relação a 2016, dentro dela a equipe vem se preparando intensamente para chegar na ‘ponta dos cascos’ para a estreia da Liga Nacional, que acontece no dia 14 de abril, contra o Carlos Barbosa.

E uma das principais apostas dos dirigentes para obter sucesso na competição está na comissão técnica. Natural de Santiago (RS), Volmir Lima dos Santos, mais conhecido como Fio, foi contratado em janeiro para comandar o time na Liga e Campeonato Catarinense. Com vasta experiência no esporte, já que é ex-jogador profissional e teve passagem marcante pelo aurinegro entre 2003 e 2008, Fio acertou seu retorno ao clube agora na função de treinador, a qual exerce há oito anos.

Ao se aposentar em 2009, o gaúcho radicado em Jaraguá do Sul iniciou sua nova carreira na equipe sub-20 do próprio Jaraguá, passando depois pelo futsal feminino e times profissionais de Itajaí e Araquari, este seu último clube, onde permaneceu por três temporadas consecutivas. Em entrevista exclusiva ao portal Avante! Esportes e jornal O Correio do Povo, na tarde de terça-feira (29), o novo técnico do Jaraguá falou sobre sua carreira, da negociação com o clube e os principais objetivos do aurinegro para a temporada.

 

CONFIRA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA

Desde a época em que você jogava já havia o sonho de virar treinador?
Sim. Sou um viciado no futsal e sempre me imaginei dentro das quatro linhas. Me preparei para isso, fiz curso, pós-graduação e sou formado em educação física, exatamente para, quando eu parasse, continuar com uma carreira no futsal. Tanto que não senti tanta falta por ter parado de jogar, porque tinha condições físicas para continuar, mas optei pelo caminho de técnico.

Como foi sua preparação para ser técnico?
Trabalhei com os melhores técnicos da atualidade e tive grandes espelhos para seguir na profissão. Recebi conselhos e ensinamentos de treinadores que estavam no topo, como o Ferretti. Fiz todos os cursos dele em Jaraguá, outros em São Paulo, Rio Grande do Sul. Minha pós foi em Itajaí e sou formado pela Faculdade Jangada. Fui palestrante de futsal também. Estou sempre envolvido nessa troca de ideias de informações. Por isso me sinto preparado para encarar esse grande desafio que é treinar o Jaraguá.

Como você recebeu esta oportunidade no time jaraguaense?
Para falar a verdade eu não esperava esse convite do Jaraguá. Eu tinha ideia de um dia trabalhar numa equipe grandiosa como o Jaraguá, mas não imaginava que fosse agora, até pela indefinição do clube no fim do ano passado. Mas quando o Cacá (Pavanello, dirigente) me chamou, não pensei duas vezes e aceitei. É um desafio e uma alegria imensa receber esta oportunidade, mas também sei das minhas responsabilidades e o que representa esta camisa. Apesar de todas as dificuldades, a torcida exige um time competitivo e foi isso que procuramos montar no elenco.

De que forma voce avalia o atual elenco?
Montamos uma equipe mesclada com jogadores experientes, novos e que conhecem Jaraguá. Todos do grupo estão envolvidos com a história do clube e sabem o que estão carregando nas costas. Buscamos manter um equilíbrio no time, sabendo atacar e defender bem. Essa é a ideia que estou colocando para os jogadores, até porque cada peça contratada foi realmente pensando nas suas características e posição na quadra.

Qual perfil do técnico Fio?
Por ser um técnico novo gosto muito de conversar com os atletas, porque passei toda minha vida no futsal. Além de buscar o melhor desempenho físico e técnico dos atletas, acredito que é fundamental esse diálogo e troca de informações com todos. Levo muito isso comigo, de que o atleta tem que estar preparado para ajudar o time da melhor maneira em qualquer circunstância do jogo. Todo jogador tem sua utilidade, seja ela em um ou 30 minutos de uma partida. Esse comprometimento tento passar para cada um, para que eles se sintam úteis na equipe.

Como é substituir o Sergio Lacerda, que ficou cinco temporadas à frente do time?
No último ano, o Lacerda não era apenas treinador e se envolveu em várias questões do clube. Então a ligação dele com o Jaraguá é muito forte. O Serginho fez um grande trabalho dentro e fora de quadra e o Jaraguá tem muito que agradecer a ele. Tenho certeza que ele gostaria de ficar mais por aqui, mas quis o momento que ele saísse para outra grande equipe (Atlântico Erechim). Então carrego mais essa responsabilidade de substituir um treinador que conquistou títulos, representou muito bem Jaraguá e se envolveu muito bem com a comunidade. Vai existir uma cobrança sobre mim por ter sido jogador e ter esse envolvimento com a cidade e o clube, mas vou me dedicar muito para corresponder as expectativas.

O que você espera para 2017 e o que o torcedor pode querer do Jaraguá? 
Temos um compromisso enorme, mas estamos preparados. Bato muito na tecla que os jogadores que passaram por aqui voltaram, alguns que estavam no ano passado renovaram e os novos que tem mercado vieram para cá. Só isso é um estimulo muito grande para qualquer atleta e integrante da comissão técnica, porque é um grupo que quer o melhor e sabe o potencial do clube. Vim para trabalhar e conquistar títulos pelo Jaraguá, seja na Liga ou Catarinense. Este elenco veio para marcar história no clube com títulos. Então a torcida pode ter certeza que esta equipe vai lutar muito para colocar o Jaraguá de volta no topo.

 

Fonte: Lucas Pavin - Agência Avante / Foto: Rafael Verch/OCP